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Quando morrer, talvez tenha uma ideia formada sobre mim, se o destino me der esse luxo.

Friday, November 17, 2006

Como explicar a música?





Como explicar a música!

A propósito de um desafio que vos lançarei mais adiante, trago à memória um filme, Filhos de um Deus Menor.
Era uma vez um professor que se apaixona por uma aluna sua.
Essa aluna tinha a particularidade de ser surda muda.
A vida de ambos era feita de barreiras, de ajustes, adaptações e de lutas contra preconceitos.
E tudo ultrapassavam com base nos amor que os unia.
Um dia, enquanto ele ouvia uma música clássica perfeitamente absorto e perdido, ela ousou perguntar-lhe como é que ele ouvia a dita música, como é que ele a sentia...
Gesticulou, encheu os pulmões e balbuciou algo mas nada lhe saiu a não ser uma lágrima...
Essa foi a sua explicação!
E vocês, como explicariam a música a alguém surdo mudo?

Eugénio Rodrigues
(sugiro Johann Sebastian Bach – Goldberg Variations – 01 – Aria)

49 Comments:

Blogger Cinza said...

This comment has been removed by a blog administrator.

1:10 PM  
Blogger Cinza said...

Filme muito belo... não explicamos todos os dias a quem amamos? Ainda que não haja som, palavras?...

1:11 PM  
Anonymous Anonymous said...

Explicamos com o amor que sentimos , através do olhar, do toque.
Ou simplesmente não se explica , ajuda-se a sentir.
Beijito.

2:28 PM  
Blogger Marta Vinhais said...

Deixar que leia no nosso rosto o que estamos a sentir???
Não é o rosto a tela onde se desenha, esboça as emoções?
Pergunta interessante - obrigada, um desafio excelente...
Beijos e abraços
Marta

2:54 PM  
Blogger Nani said...

Com um beijo!!!

3:23 PM  
Blogger Bel said...

Como explicar uma música a alguém que ouve?
Há explicação apenas para aquilo que se sente?
beijo

9:43 PM  
Blogger RealSmile said...

entre braços, envolver a pessoa em simples passos de dança..
sente-se o amor, sente-se a música..
Beijo*

12:50 AM  
Blogger Catarina Alves said...

Eugénio,

a música não se explica... Sente-se...

Só através do sentimento se pode exprimir a música...

Nani

1:06 AM  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Bom! A música sintomo-la na pele..........entra nos poros.........o coração sente toda a vibração da melodia...........o corpo fica invadido por uma sensação única.

Por iso no filme a Marlee Matlin dança descalça.

Parabéns pelo post

Beijinhos com carinho
BomFsemana

1:35 AM  
Blogger kurika said...

Esse filme foi protagonizado pela querida Jodie Foster... gosto muito dela!!!
A linguagem do Amor não tem forma...é sublime...e é entendida por todos os seres que se amam...até num simples encostar ao ombro do outro... e deixar-se estar...o tempo que permaneces lá é a resposta do outro.

Grande filme.

Parabéns pelo texto.

E um surdo mudo é um ser igual..
...tenho um cliente surdo mudo...
entendo-me perfeitamente com ele

....bem hajas ...linguagem gestual

Gostei muito da tua homenagem

Um beijinho

12:00 PM  
Blogger Fúria das Águas said...

Querido Eugenio, a música não se explica, se sente, cada um a seu modo, ela entra no coração, na alma. Mas um surdo mudo sente atraves do toque, um amigo meu sentia a musica assim.
Um beijo e bom fim de semana menino.
Fica bem

12:09 PM  
Blogger kurika said...

DESCULPA... estou estupidamente confusa.

Não foi Jodie Foster que protagonizou esse filme mas sim MARLEE MATLIN, que com esta interpretação ganhou o óscar melhor actriz em 1987, se a memória não me falha, e contracenou com o "professor" WILLIAM HURT.

Desculpas aceites?

Bjs

12:12 PM  
Blogger Miudaaa said...

Sempre, mas sempre com um sorriso sincero. Um sorriso sentido no brilho do olhar...

Um beijo no meu Pierrot preferido!!!

7:07 PM  
Blogger João JR said...

Não se explica...sente-se!
E..grande filme esse!Adorei..
Um beijo grande para ti Pierrot, tu tens uma sensibilidade fabulosa:)

2:11 AM  
Blogger Som do Silêncio said...

Como explicaria?
Essa pessoa sentiria o que eu estivesse a sentir, não tenho dúvidas.
Sentiria através do toque, do sorriso...! Essas coisas não se explicam...sentem-se.
Já faz lembrar o nosso Luís" o amor é ferida que arde sem se ver..."...aqui é o mesmo!

Quanto ao filme, é sem dúvida uma pérola no meio de tantos outros sem vida!!

Beijo grande

3:57 PM  
Blogger Pedro Gamboa said...

Amigo Eugénio esta é forte!
Como responder, sinceramente fui apanhado de surpresa…
Diria talvez que determinada músicas quando as ouvimos, são como orgasmos, dão-nos uma sensação que no fundo é indescritível, que nos fazem sentir a capacidade de fazer tudo, de nos transcender-mos…

Abraço.

4:08 PM  
Blogger belakbrilha said...

MÚSICA ... sente-se!...mas um dos sentidos foi o "transmissor" dessas sensações, que são únicas...

Como explicar/transmitir essas sensações únicas a outra pessoa, que nunca conseguiu ouvir/falar???

Talvez com os olhos...não dizem que eles são o espelho da alma??...
mas principalmente com AMOR!!!

o AMOR é a melhor linguagem, sem dúvida!!

...mas persiste a dúvida!...mais um desafio interessante.
Obrigada pelo momento ...de paragem...de reflexão...de pensar em mim e no outro!!!

bjs

5:02 PM  
Blogger Su@vissima said...

Talvez com um abraço...dançado :)

Um beijo daqui.

9:13 PM  
Blogger mnemosyne said...

Solfejando as letras com um olhar ou toque de dedos ou mãos em jeito de caricia, enfatizando a fluidez das sensações... Um beijo :)

8:58 AM  
Blogger Xanusca said...

Lá estás tu com perguntas dificeis...
As 8.30 da manhã ainda não consigo pensar. Talvez mais logo alguma coisa me ocorra!
beijos e boa semana

9:09 AM  
Blogger vareira said...

Tive um aluno surdo mudo...nas minhas aulas de educação musical...explicar a música?é o verdadeiro acto de amor!

11:51 AM  
Blogger susana said...

Grande post!
Vi esse filme faz anos e revi-o não faz muito tempo!Um bom filme que lhe valeu alguns óscares!
Uma pergunta interessante a tua!Mas a resposta dependenderia muito da música!Consoante a música eu tentaria expressar da melhor forma o que ela me transmitia!Poderia ser alegria, tristeza, solidão, liberdade, dinamismo,etc.A música pode transmitir isso tudo e muito mais!Por isso eu gosto de tantos tipos de música! Por exemplo, a música que eu tinha no meu blog do Prince, Kiss, acho-a completamente afrodisíaca!É uma musica sensual, envolvente, faz-nos sentir sexys, com vontade de dançar de forma cadenciada, sensual!Já aquela que eu tinha dos The mission, fazia-me recuar no tempo,fazia-me sentir triste!
Quando foste ao meu blog o meu post ainda nao estava terminado, desafio-te a dizeres-me de quem é a música que la tenho agora!Dou-te uma pista, é música gótica!
beijos

3:00 PM  
Blogger susana said...

Só mais uma coisa, gostei da resposta do Pedro, ele tem razão algumas músicas são como orgasmos! Orgasmos da alma, envolvem-nos e arrasam-nos por completo!Não imagino um mundo sem música!
beijos

3:06 PM  
Blogger Mina said...

Há mesmo certas coisas que não necessitam de palavras... e o significado de um olhar apaixonado? Tudo pode servir para demonstrar a música da alma :)
Boa semana, beijoca!

4:51 PM  
Anonymous Anonymous said...

Só falta uma coisa querido Eugenio, além do mel, dos beijo e dos carinhos, a pessoa certa e o lugar perfeito, as vezes o que se quer esta longe de nós.
Um beijo meu
Fica bem
Temp_nua

6:35 PM  
Anonymous Anonymous said...

Belo filme que foste buscar ao baú cinematográfico! Sim senhor!! : )

xxx

...e que tal colocar a mão do dito surdo mudo sobre o local do nosso coração?! Quem ama uma determinada música traz o alvoroço de um mundo inteiro ao som dela no momento em que esta toca...

Um beijo com sabor a valsas serpentinas para um Pierrot mágico!

SJ

6:55 PM  
Blogger Estranha pessoa esta said...

Boa Noite...
Tens um Miocárdio para ti em http://paraladomiocardio.blogspot.com/

8:19 PM  
Blogger Unknown said...

Bela pergunta a tua... Talvez lhe mostrasse algo verdadeiramente belo na natureza, uma noite cheia de estrelas e com uma lua cheia magnífica... Talvez lhe colocasse a mão sobre o meu coração e tentasse falar com os olhos, que são o espelho da alma...
Beijinhos!

9:44 AM  
Blogger Joker said...

Tentar explicar a música é como tentar explicar o Amor...é um batimento cardíaco na alma do coração!

(Por falar em coração! Tens um Miocárdio mui giro lá no estaminé da Estranha...)

Cheers

11:02 AM  
Blogger Isabel said...

Acho a pergunta fantástica principalmente por ser uma daquelas que não tem resposta. Por mais que tentasse eu nunca saberia explicar a musica. Se alguem o conseguisse fazer seria o meu amigo e músico que muito admiro Victor Rua. Ele soube explicar o silencio talvez soubesse dai explicar a musica.
Aqui está um excerto desse magnifico texto dele:

"pB1: Isso é porque comprei uma nova campainha esta semana - uma campainha silenciosa.

pB2: Uma campainha silenciosa?

mE: Já tinha ouvido falar. Parece que é o último grito em campainhas digitais.

pB2: Uma campainha silenciosa? Mas se é silenciosa, como é que a ouvimos?

pB1: Bom, em primeiro lugar existem diferentes silêncios.

pB2: Diferentes silêncios? Eu pensava que só existia um tipo de silêncio: a ausência de som.

pB1: É uma questão de estarmos atentos e de ouvidos abertos. Ainda há pouco você disse que se sentia hoje particularmente concentrado devido ao silêncio. Aquilo a que você chamou de silêncio, era na realidade um silêncio relativo pois podíamos ouvir o crepitar da lenha da lareira, o vento lá fora, as nossas respirações…

mE: É como na música - também existem variegados tipos de silêncio.

pB2: Na música também? Eu sabia da importância do silêncio na música, em especial na contemporânea, mas não sabia que existiam diferentes silêncios.

mE: Mas é uma realidade, meu caro. Veja o caso do silêncio do compositor John Cage. Creio que já está familiarizado com a composição 4´33´´ de Cage?

pB2: Claro. Tenho até a partitura.

mE: Pois nessa peça, como sabe, o ou os intérpretes deverão não tocar durante um período de 4´33´´. Dessa forma, a experiência auditiva dos espectadores, era um pouco semelhante á vossa durante o vosso jogo de xadrez: vocês eram intérpretes de uma música silenciosa, mas ouviam as vossas respirações, o crepitar da lareira, o vento. Assim, esta composição é sempre diferente, consoante o sitio aonde é executada (sala de concerto, ao ar livre) e das pessoas que assistem ao evento. O que ouvimos, ao escutar o não tocar dos intérpretes, é tudo o resto.

pB2: Creio que já entendi esse tipo de silêncio.

mE: Mas há outros silêncios.

pB2: Quais?

mE: O silêncio - por exemplo - de um outro magnífico compositor americano: Morton Feldman.

pB2: E como é esse silêncio?

mE: Bem, no caso de Feldman, os seus silêncios são constituídos por infindáveis reverberações, como lhes chamou John Tilbury - que como ambos sabem é um experto da música de Feldman.

pB2: Ou seja: embora não haja acção instrumental durante curtos ou longos espaços temporais, o silêncio é constituído por reverberações de acções instrumentais passadas.

mE: Exactamente. Mas há mais: os silêncios de Sciarrino e Nono.

pB1: Ah, que belos silêncios esses…

pB2: Estão a deixar-me curioso. Como são esses silêncios?

mE: São silêncios de certa maneira idênticos. Aliás crê-se que Nono terá tido um primeiro contacto com esse tipo de silêncio numa obra de Sciarrino.

pB2: Sim, mas como os definir?

>mE: São silêncios criados a partir de pianíssimos instrumentais, ou seja, o silêncio de Sciarrino e Nono é constituído de sons instrumentais subliminais - por vezes quase parasitas, no sentido de que são sons que surgem por serem tocados a tão baixas dinâmicas.

pB2: Creio então poder definir esse silêncio como sendo um silêncio sonoro subliminal, não lhes parece?

pB1: Talvez… mas tem que se ter muito cuidado com definições absolutistas e por vezes redutoras, pois sintetizam apenas uma pequena essência de algo muito mais complexo. Veja o exemplo da minha nova campainha: ela reflecte outro tipo de silêncio que existe também em certa música mais recente - o silêncio digital. Certos compositores contemporâneos, incluem o silêncio digital - criado artificialmente nas suas peças. Assim, ao contrário do que acontecia por exemplo nos discos de vinil, aonde o silêncio era constituído pelo ruído amplificado da agulha sulcando o vinil, agora com a tecnologia digital, conseguiu-se criar o silêncio total. Mas como o distinguimos do silêncio do compositor John Cage? Muito simplesmente porque se em Cage o silêncio é alibi para se ouvir tudo o resto, neste caso, no silêncio digital, o que se pretende é a audição desse mesmo silêncio.

mE: Bravo. Muito bem dito.

pB2: Parabéns. De facto começo agora a aperceber-me das subtilezas e idiossincrasias dos diferentes silêncios mencionados. Mas continuo sem perceber como é que se ouve uma campainha silenciosa…

pB1: Muito facilmente, caro amigo: o som da campainha silenciosa é silencioso.

mE: Ah, Ah, Ah.

pB1: Vá meu caro, deixe lá isso, anime-se e beba mais um copo de clarete.

Os três amigos continuaram em animada cavaqueira ouvindo - em loop - a peça4´33´´ de John Cage

Desculpa a extensão mas vale a pena ler.

Até breve.

Isabel

1:07 PM  
Blogger Pierrot said...

Espantoso Isabel...
De Loucos, mas espantoso.
Muito bom.
Bjos daqui
Eugénio

3:29 PM  
Blogger Pierrot said...

Magia, já fui ver, fiquei atónito, literalmente!

Nunca pensei...

Bjos daqui
Eugénio

3:30 PM  
Blogger Pierrot said...

Oh Su, que saudades mulher!
Para quando novo blog?
Bjos aqui
Eugénio

3:31 PM  
Blogger Pierrot said...

Estranha, estou siderado com o teu miocárdio.

Tens um coração lindo sabias!
Já gostava das fotos que "pintas" nesse "estudio" mas agora que me honraste com essas minhas palavras, bem...!

Muchas Gracias
Bjos daqui
Eugénio

3:33 PM  
Blogger kurika said...

Boa tarde Eugénio:

Passei para te dar um beijo

4:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

Amigo ...
A música é um vibrato dentro de cada um... como explicar? Sem explicar ...
Partilhar, no toque, no olhar ...
no sentimento, no movimento ...

Um abraço de Mel
(que hoje escreveu sobre o "Tango", curiosamente...)

PS: O Post? Lindo
Já te tinha lido na Teia, só não sabia o caminho de aqui chegar ...
hj averiguei e cá cheguei. Foi um prazer!

6:47 PM  
Blogger Palavra De Mulher said...

'The sound of silence'...
...

Li o teu post e lembrei-me deste título...
... Sabes, Pierrot, não há dois silêncios iguais. :)
Sorriso.

Como se explicaria a música... e como se explicaria que tudo está contido no silêncio... é só decifrá-lo?

Não há dois poros que se arrepiem de emoção de modo igual... nem dois momentos iguais...

Às vezes... tudo se diz e se explica sem nada necessitarmos de explicar. Basta... tocar no coração do outro e dizer-lhe...'Tu, és assim...'... como a música.

Palavra de mulher!

9:12 PM  
Blogger Pierrot said...

A todos os que colaboraram neste post, respondendo cada um de sua justiça, queria agradecer os vossos amáveis comentários com os quais aprendi bastante e retribuir-vos toda a simpatia que me deixaram.
Bjos a quem é de bjos e abraços a quem é de abraços.
Eugénio

11:36 AM  
Anonymous Anonymous said...

Novo blog...bem...
A Teia tem funcionado de modo discreto através de amigos...quando estiver restabelecida por dentro talvez a recupere...o tempo diz tudo...a seu tempo mesmo.

;)

Beijos
SJ

10:52 AM  
Blogger Pierrot said...

Su:

Vá lá Su, não te acanhes.
Força aí.
Bjos daqui
Eugénio

11:09 AM  
Blogger Pierrot said...

E não é que o Silêncio tem um som "Palavra de mulher"...

É verdade, o silêncio significa e pesa bastante.
Basta escuta-lo.
Bjos daqui e volta sempre.
Já agora, como se acede ao teu blog?
Eugénio

11:41 AM  
Anonymous Anonymous said...

...ainda não é tal questão de tempo mas de apaguizamento de ãnimos como eu digo...passa pela Teia então e escuta a música. Conheces? Esta vem de outros tempos!

Um beijo.

SJ

9:55 PM  
Blogger as minhas palavras said...

Peço desculpa pela invasão ao teu blog..
poemas com estas palavras são simplesmente lindos!
Parabéns e um beijo!

9:34 AM  
Anonymous Anonymous said...

a música não se explica.

(a ver o filme.)

abraço

12:28 PM  
Blogger Pierrot said...

As minhas palavras:

Não precisas nem de pedir desculpa nem de pedir licença, és sempre bem vinda.
Bjos daqui e volta sempre
Eugénio

4:27 PM  
Blogger Pierrot said...

Tiago Dias:

Pois... se calhar não!
Abraço e volta sempre
Eugénio

4:28 PM  
Blogger redonda said...

Talvez tentasse que sentisse as vibrações para ter uma ideia do ritmo. E depois, pela minha incapacidade em explicar tudo o mais, tentasse desviar o assunto para outras coisas belas, apreendidas por sentidos diferentes: a frescura da manhã e o calor do sol na pele, o cheiro da chuva e da relva acabada de cortar, o sabor da massa do bolo que a seguir se irá cozer e o olhar nos olhos de alguém que nos ama.

7:29 PM  
Blogger Pierrot said...

Redonda:

Ora aí está uma bonita forma de descrever o indescritível
Gostei dos exemplos ;-)
Bjos daqui
Eugénio

4:55 PM  
Anonymous Anonymous said...

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3:32 AM  

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