Pierrot

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Quando morrer, talvez tenha uma ideia formada sobre mim, se o destino me der esse luxo.

Monday, August 28, 2006

Um Paraíso aqui tão perto








Pois é...

Conforme prometido, deixo-vos aqui umas fotos do um paraíso deste nosso jardim "à beira mar plantado". Chama-se Alentejo e estas praias são tão selvagens que não vêm no mapa e nem têm nome. E às vezes vamos tão longe quando as coisas estão tão perto de nós...
Deixo-vos com um mural que li este fim de semana:
"Sabemos demais para o Mundo em que vivemos. Sabemos de menos para o Universo em que nos perdemos".
Eugénio Rodrigues

Wednesday, August 23, 2006

Estes Humanos..?!




Um dia perguntaram a Dalailama:

- "O que mais o surpreende na Humanidade?"

Sabiamente, este grande mestre retorquiu:

- "Os Homens...
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro... depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem tão ansiosamente no futuro... esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido!"
Dalailama
(foto de autor desconhecido)

Wednesday, August 16, 2006

Para longe de mim!





Para longe de mim...

Giro, rodopio e volto...
Encho os pulmões de um céu azul
Enquanto deslizo pelo peito com a ponta dos dedos
De olhos semi cerrados imagino o toque do veludo
Como um lenço que esvoaça preso nos penedos
Como um anjo de asa partida e ferido no coração
Que de repente se torna humano e me estende a mão.

Giro, rodopio e volto...
Mergulho num mar revolto de liberdade
E sinto a frescura que me corta a consciência
Deixando-me largado numa senilidade
Relaxado por uma afável dormência
E enquanto me lava do suor que me escorre pelo corpo
Renasce um brilho que irradia de uma névoa sem rosto
Alguém falou mas não escutei porque só a mim me ouço
A voz vem de longe, do meu ego, do meu escopo
Do meu futuro que afundou e já não cresce,
Do meu passado que reina mas não floresce.

Giro, rodopio e volto...
De braços abertos e envolto na minha memória
Entro no sol por umas escadas vazias
De uma prisão que já foi a minha história
O medo das ondas deu lugar a um sorriso inocente
Ao desejo de não regressar de uma viagem permanente
Por entre todas as ilhas de um oceano livre e ardente
Voar alto e planar sem nunca mais por os pés no chão
Sem jamais voltar a pousar nesta terra de perdição.
Por toda a vida
Por um dia só
Por um folego apenas
Abraçar as estrelas que escondem e vestem o céu
E entrar-lhes na alma que paira num mundo revolto
Dá-me a tua mão e agarra-te ao meu regaço sem véu
Pois giro, rodopio mas já não volto...

Eugénio Rodrigues – Alentejo, Agosto.2006
(sugestão: música "once upon a time in america" de Ennio Morricone)