Pierrot

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Quando morrer, talvez tenha uma ideia formada sobre mim, se o destino me der esse luxo.

Tuesday, November 28, 2006

É com vocês...!




(foto de Rosalina Afonso)


Carissímas e carissímos.
Pois bem, cá estou eu de novo a desinquietar-vos.
Lembrei-me de vos propor que postassem vocês o texto que quisessem, título incluído, bastando que para isso vos deixasse esta foto para que vos servisse de mote. Tomem como referência a porta da-casa-de-ninguém, a cadeira que é de não-sei-quem, o cão que pelo asgar se deve chamar Faísca, etc e coisa e tal. O que quiserem...
Escrevam uma palavra, uma linha ou um testamento, fica ao vosso sábio critério.
Bjos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços.
Eugénio Rodrigues

Wednesday, November 22, 2006

Não ficarás só.



Este é um extracto de um poema que postei em Maio deste ano. De alguma forma tenta retractar aquilo que todos por certo já sentimos quando magoamos alguém de quem, apesar de tudo, gostamos imenso. Espero te-lo conseguido. Espero que vos diga alguma coisa...

Não ficarás só pois tens-te a Ti...


Sei que vais detestar-me
Tenho a certeza que me odiarás
Que passarás a ter as lágrimas
Como companheiras da saudade

(...)

Perdoa-me pois não voltarei a casa
Sei que o teu sacrifício e a tua dor
Serão tuas companheiras de viagem
Serão páginas do passado que esquecerás.

(...)

No posso é ficar mais nem um segundo
Só para que possas sonhar comigo
É um sacrifício que já não sustento
Ainda que tires a minha foto da tua parede.

Por favor peço-te que me perdoes
Mas o teu calor gela-me as veias
O teu frio corta-me e seca-me a Íris
Se ficar, morrerei como o nosso amor.

Tenho de fugir para bem longe
Fugir de ti e escapar de mim.
Sei que te dói na alma e no coração
Mas é altura de deixar falar a razão.

(...)

Vai, voa para longe, para os antípodas daqui.
Vais ver que esta nossa separação é uma benção
E que este nosso ultimo fôlego de coragem
Mais não é do que o raiar de um novo dia.

(...)

Se hoje me abominas e amaldiçoas
Amanhã serás o meu nobre irmão
Que me salvas e proteges dos impuros
Sempre pronto para me dar a mão.

(...)

Não permitirei que o epílogo destrua as lembranças
Há que preserva-las para que possamos renascer
Será sempre bom relembrar a tua voz e os teus olhos
Como parte do passado e não do futuro agonizante.

Vai, que eu tenho de voar para longe
E sempre que quiseres lembra-te de mim
Como uma festa cheia de cor e luz
Que jamais poderá terminar.

Eugénio Rodrigues
(foto de Rosalina Afonso)

Friday, November 17, 2006

Como explicar a música?





Como explicar a música!

A propósito de um desafio que vos lançarei mais adiante, trago à memória um filme, Filhos de um Deus Menor.
Era uma vez um professor que se apaixona por uma aluna sua.
Essa aluna tinha a particularidade de ser surda muda.
A vida de ambos era feita de barreiras, de ajustes, adaptações e de lutas contra preconceitos.
E tudo ultrapassavam com base nos amor que os unia.
Um dia, enquanto ele ouvia uma música clássica perfeitamente absorto e perdido, ela ousou perguntar-lhe como é que ele ouvia a dita música, como é que ele a sentia...
Gesticulou, encheu os pulmões e balbuciou algo mas nada lhe saiu a não ser uma lágrima...
Essa foi a sua explicação!
E vocês, como explicariam a música a alguém surdo mudo?

Eugénio Rodrigues
(sugiro Johann Sebastian Bach – Goldberg Variations – 01 – Aria)

Friday, November 10, 2006

Sem ti!





Não sei se temos Anjo da Guarda... se existe alguém que olha por nós ou muito simplesmente se veste o rosto de alguém bem palpável que precisamos ter sempre ao nosso lado?
Seja como for, este poema é-lhe dedicado tal como a música que ouvi enquanto o redigi, Angel Gabriel dos Lamb.

Sem ti

Sem ti o vento sopra sem direcção
As marés perdem a força
E a terra gira noutra rotação.

Sem ti deixei de acordar todos os dias
Deixei de contar as horas perdidas
E a relva cresce no meu jardim
Sem que flores brotem novamente
Trazendo o teu cheiro a jazmim.

Sem ti o cansaço por uma vida vazia desliza pelo meu tempo
Como a lágrima que escorre pelo rosto de uma criança inocente.

Sem ti, de mim me esqueço
Numa luta em que depressa desfaleço
Sem fome e para sempre dormente
De uma dor que lateja
Numa cabeça exaurida
E numa alma vestida
De um negro indiferente.

Sem ti deixei de ser eu
E já nem cuido daquilo que foi meu.
Os vidros continuam partidos
Sujos e gastos no meio do chão
Calcados pelos teus pés
E ensanguentados pela minha mão
Porque sem ti já não consigo ser mais forte
Do que os ventos que me derrubam
E me lançam cego num gélido desnorte.

Sem ti o pecado chega enquanto os pássaros voam para longe
Levam os teus segredos sem saberem bem para onde
Sem ti moro fechado, augado por salpicos de maresia
Apagado sem amor e esquecido da minha alegria.

Eugénio Rodrigues – Outubro 2006
(foto de Rosalina Afonso)

Tuesday, November 07, 2006

E esta Hein?


E esta hein?
As vezes dou comigo a pensar,
a delirar perdido entre ideias...
O que faria com o jackpot do euromilhões?
Minha nossa, quanto é 152.000.000 de euros?
E fico assim, meio paradão...
E VOCÊS, O QUE FARIAM COM 152.000.000 € DO EUROMILHÕES?
Eugénio Rodrigues

Thursday, November 02, 2006

Ser feliz é?

Ser feliz é ser "autor da sua própria História".
Esta é uma citação de um poema de F. Pessoa que me diz quase tanto como o meu próprio nome.
Meus amigos, desta feita o post que faço é um pouco diferente do habitual.
É uma espécie de desafio.
Eu dei o mote e agora deixo-vos a pergunta:
E o que é ser feliz para vocês?
Cumprimentos a todos deste Pierrot na idade dos porquês...
Eugénio